Nossa posição é programatica.
Aguardamos até agora uma resposta a nossas propostas. Não foi dada. Entendemos que o periodo eleitoral é muito reduzido e que as chapas devem se concentrar nos debates.
No entanto, a nossa luta não se circunscreve a um mero episodio eleitoral. Pretendemos ser uma corrente de opinião que continue atuando para além do período eleitoral na universidade, nos colegiados superiores, nas unidades, nos departamentos, nos centros e em seus colegiados.
Assim, só nos posicionaremos mediante a percepção de identidades programaticas. Portanto, desautorizamos qualquer manifestação, em nosso nome, a favor de qualquer das chapas disputantes no segundo turno.
Esta posição só tem possibilidade de mudança em caso de apresentação em tempo habil e por escrito da posição das chapas sobre os pontos programaticos expostos em carta anterior. Neste caso discutiremos o documento e avaliaremos que posição tomar. Caso contrario, conclamos a nossos eleitores a não votar em quaisquer das chapas.
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Reiteramos o nosso agradecimento a todos os que votaram conosco a despeito de todos os problemas .
Um fantasma ronda nossas instituições democráticas, o fantasma do desencanto.
O absenteísmo, que já atingia a maior parte dos estudantes nas ultimas eleições, se espalhou entre servidores técnico-administrativos e, em menor medida, docentes e nos leva a pensar o que está errado neste processo.
Três fatos saltam aos olhos. A adoção de técnicas de propaganda próprias de eleições de outra natureza, o escasso tempo que tiveram os vários concorrentes para apresentar suas propostas numa universidade gigantesca como esta certamente tiveram parte da responsabilidade por este incremento da abstenção. Ademais, e de maneira mais gritante, a absoluta disparidade de acesso aos meios institucionais eletrônicos também contribuiu para este quadro. Continuamos compartidos em feudos onde apenas o senhor feudal tem acesso a todos em nome da manutenção da preservação das listas, mas, de fato, preservando o controle das mesmas.
A despeito disto tudo, como já dizia Churchill, a democracia é o pior dos regimes, salvo todos os outros existentes. O que temos hoje é o mais próximo que conseguimos dela e deve ser aperfeiçoado e não descartado. Logo devemos lutar para que os outros entendam, em particular nossos alunos, que sobre nós, que temos a responsabilidade de decidir os dirigentes deste tipo de órgão do Estado, incide uma espécie de hipoteca social. A sociedade pode querer cobrá-la se não agirmos a altura de nosso dever.
Por isto criamos a chapa A UFRJ de que o Brasil Precisa. Buscamos, dentro de uma perspectiva de aprofundamento de nossa autonomia, corresponder aos anseios da sociedade brasileira. Buscamos superar o corporativismo, a fragmentação e o toma-lá-dá-cá. Sabíamos que seria dificílima a vitoria, mas preferimos o risco a fazer alianças com forças conservadoras e sermos engolfados por elas, a exemplo do que demonstra a história recente de nosso país.
Ainda que não tenhamos sido vitoriosos eleitoralmente, fomos vitoriosos politicamente porque disseminamos uma série de idéias no coletivo de discussões da universidade. Estas idéias e nossa unidade são nosso maior patrimônio político e pretendemos mantê-lo.
Assim, em principio, não apoiaremos nem participaremos de uma administração que, como já salientamos, seja distante de nossas posições programáticas. As chapas vitoriosas, que, juntas somaram 43% dos votos possíveis e ponderados, nos parecem incapazes de perceber a necessidade de uma nova UFRJ mais consentânea com o que o Brasil precisa.É um engano perigoso imaginar que qualquer um de nós representa a maioria da UFRJ.
A pergunta tantas vezes formulada por todos nos debates eleitorais sobre as raízes de nosso fracasso e decadência relativos, que uns apontaram como causados pela administração X e outros pela administração Y e Z, têm sua origem neste mundo feudal, corporativista e cartorial que vivemos na UFRJ. É este nosso adversário interno e o externo é a tutela de órgãos que desconhecem nossa dinâmica interna. Daí a necessidade urgente de centrar fogo na busca da autonomia plena.
Lamentamos que tenhamos sido incapazes de atrair todos os que pensam como nós. Lamentamos também perceber que muitos deles, movidos por questiúnculas pessoais ou paroquiais, ainda que percebessem nossa convergência, preferiram a abstenção, o voto nulo e o voto em branco.
Pelo exposto, tendiamos a, num primeiro momento, não participar da segunda etapa do processo eleitoral. Resolvemos, a pedido de uma das chapas, que nos convidou para uma participação na mesma, nos posicionar em relação a este processo. Achamos que faz parte da boa ética política começar por discutir programas e assim nos posicionaremos. Queremos discutir o nosso programa resumido a seguir e não preencher uma pró-reitoria com um nome nosso. Só estamos dispostos a participar daquilo que permita o cumprimento de nossos compromissos programáticos, nos mostrando, na prática, que fomos precipitados ao qualificar as chapas vitoriosas de Partido Republicano e Democrático e que elas avançaram.
A seguir nosso Programa resumido
1. A Estatuinte deve ser convocada o mais rapidamente possível e deve propor um novo estatuto para UFRJ cujo desenvolvimento está obstaculizado pelo atual Estatuto
2. A expansão da graduação deve continuar, mas com critérios e recursos garantidos. Os cursos noturnos, onde cabível, devem ser abertos como instrumentos de justiça social
3. Estímulo a criação de mestrados e doutorados internacionais, especialmente no âmbito do MERCOSUL, através de um espaço institucional próprio para tanto que poderá ser o NEI ou um novo órgão a ser criado no âmbito da reitoria, do FCC ou de um novo Centro de Estudos Interdisciplinares. A UFRJ deve buscar o reconhecimento e o intercambio nacional e internacional
4. Criação da Escola Brasileira de Formação de Quadros para a Universidade Pública Federal que coordenará as iniciativas no âmbito da UFRJ visando não apenas qualificar nossos quadros, mas também de outras universidades públicas e Refundação da Escola de Altos Estudos que deverá coordenar projetos, seminários e debates sobre o futuro da universidade, do Brasil e da ciência.
5. Alojamentos decentes e mais restaurantes universitários dentro de uma nova política de assistência estudantil integral e parceira e não paternalista. Esta política passa pela aprovação do novo regimento do atual alojamento. Salas de estudo, bolsas, facilidades computacionais e bibliotecas devem ser priorizados para que o maior número possível de alunos compartilhe com os docentes um regime de dedicação exclusiva aos estudos. As bolsas próprias para estudantes da UFRJ devem ser pagas prioritariamente.
6. Defesa intransigente da Autonomia Universitária através de ação conjunta com outras universidades publicas federais, sindicatos e associações discentes junto ao Congresso Nacional, ao Executivo e ao Judiciário, no sentido de definição de parâmetros para o exercício da autonomia financeira e recuperação da autonomia jurídica.
7. Construção de um novo hospital universitário
8. Programa de Apoio ao Ensino Médio e Fundamental com ações nas áreas de extensão, pós-graduação e graduação, particularmente através do estimulo a programas de capacitação de docentes, em particular mestrados.
9. Criação da Radio e TV NOVA UFRJ em canais abertos além da internet dentro de uma nova política de comunicações que permita também a preservação, orçamentação e definição do espaço institucional da Editora UFRJ e da Revista Versus
10. Política Cultural que permita a administração do ex-Canecão sem prejuízo para a cidade do Rio de Janeiro e sua articulação com a EBA, a ECO e a EEFD.
11. Melhoria da Infraestrutura nos Prédios existentes da UFRJ e construção imediata de Novos Prédios para abrigar os novos cursos. Novas instalações para aquelas atividades ora desenvolvidas no subsolo do CCS. Priorização de ocupação do espaço da Ilha da Cidade Universitária por atividades acadêmicas.
12. Implantação do Programa de Combate aos Riscos elaborado em 2005 e jamais implementado, em particular no que tange a questão de incêndios, segurança ambiental e biossegurança
13. Resolução dos problemas de transito e segurança através de ações junto às autoridades do estado e município e a partir de uma repactuação das relações de ocupação da Ilha por outras instituições numa perspectiva de responsabilidade partilhada sobre os problemas de infraestrutura de transito e segurança da Ilha, com maior desembolso por parte das mesmas.
14. Definição Institucional dos Campi fora da sede com eleições de dirigentes pela comunidade e representação nos colegiados superiores
15. Resolução dos problemas de infraestrutura, institucionais e de docentes, em particular nos cursos novos mais carentes como fisioterapia, fonoaudiologia, restauração, defesa e gestão estratégica internacional,bacharelado, licenciatura em dança e teoria de dança
16. Criação de um espaço institucional para articular e organizar as ações a serem desenvolvidas em relação aos Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo
17. Encaminhamento do projeto de criação da Escola de Administração ao CONSUNI
18. Definição do espaço institucional do INCE e SUPERTIC com decisão do CONSUNI mas participação dos interessados.
domingo, 17 de abril de 2011
Agradecimento
Há vitorias que são de Pirro e derrotas que são de leões. Entre uns e outros há a vida correndo e ocorrendo com seus altos e baixos.
Passamos por um processo dificil e revelador. Descobri fatos, conheci versões, admirei caracteres e aprendi como poucas vezes na vida.
Agradeço a tantos quantos nos acompanharam e apoiaram nesta jornada em meu nome e de toda equipe. Eu, Zeze, Helenise, André, Eduardo, Luzia, Gabriel, Zé Carlos, Ana, Antonio José, Maximo Ferreira,Francisco Carlos, Rafael, Ofelia, Denise, Suzana, Fernando, Claudia e Maximo Augusto agradecemos os votos e a confiança, que saberemos continuar a honrar. Por isto mesmo, pretendemos manter aberto este blog como espaço permanente de discussão sobre a UFRJ. A luta continua ja que apenas começou.
Continuem mobilizados pois poderemos conseguir passar via colegiados alguns dos pontos programaticos que discutimos.
domingo, 10 de abril de 2011
CARTA A COMUNIDADE DA UFRJ
Caros e Caras
Hesitei muito em escrever esta carta até que as perseguições, o abuso do poder economico e de poder passassem a ameaçar a lisura do processo democratico. As chapas 10 e 20 na UFRJ são como o Partido Republicano e Democratico nos EUA. Tem po...uca diferença para nós, professores, servidores e estudantes que vivemos na UFRJ real dos engarrafamentos até dentro das salas de aula, gabinetes, seções, ambulatorios e laboratorios, que vivemos longe de seus ambientes refrigerados (exceto quando pesquisamos sobre eles) e mais perto dos ambientes de trabalho. Seus apoiantes mais importantes com as devidas exceções são aqueles que devem suas posições e sua carreira mais as suas injunções partidarias e ao seu berço do que ao seu suor e ao seu cerebro. O que varia entre elas são os recursos do MEC. Quando uma entra num periodo de vacas gordas faz algumas obrinhas para agradar aqui e ali e quando está em um periodo de vacas magras culpam uma a outra ou ao infortunio de estar num periodo de vacas magras pelas suas escolhas de corte que sempre recaem sobre a infraestrutura de assistencia estudantil ou de apoio aos servidores ou ainda nos recursos disponibilizados as unidades que não fazem parte do circuito do poder. Só quando se aproximam as eleições lembram que a unica forma de construção de uma universidade na verdadeira acepção do termo é com autonomia e combate sem tregua a fragmentação.Quando estão no poder rapidamente se esquecem das promessas e atacam qualquer iniciativa nesta area como desestabilizadora. É espantoso que lideranças sindicais ou estudantis possam deles se aproximar a menos que ja tenham deixado de se-lo, ja que seus representados certamente perderão com eles , especialmente em periodos de vacas magras como os que se aproximam. Episodio que comprova tudo o que se escreveu acima, foi a recente bronca numa tecnica administrativa que nos apoia no HU por uma docente participante da chapa 10 seguida da exoneração da agredida de seu cargo de chefia pelo diretor simpatizante da chapa 20. Conclamo a todo cidadão honesto e toda cidadã honesta desta universidade a rechaçar e protestar contra a demissão. Conclamo tambem a todos aqueles que estão na base de sustentação desta universidade, nas salas de aula, nos hospitais, nos laboratorios, que dão duro e so veem a aristocracia lhes procurar na hora de renovar seus privilegios, que conhecem aqueles que só ficam na universidade quando estão em posição de poder,que conhecem os famosos professores terça e quinta,a todos os dirigentes que não entendem a logica de alocação de recursos, que querem maior participação nas decisões, a sufragar a chapa 12. As atitudes de desespero como exonerações e cartas abertas dão conta de que estamos lá, no segundo turno, para renovar a face desta universidade e a vitória será de todos e aí sim viveremos a vitoria da democracia , obtendo, finalmente, como não se ve desde o seculo passado, nos anos oitenta, a real alternancia de poder, propria da democracia. Viva a comunidade guerreira e excelente da UFRJ Viva o povo brasileiro e a construção de seu futuro Viva o alvorecer da verdadeira democracia Por: Alcino Ferreira Camara Neto
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Porque ser candidato a reitor da UFRJ
Prof. Alcino Camara Neto fala de seu amor declarado pela UFRJ e do porque ser candidato a reitor.
REUNI - Assuntos Estudantis
Prof. Alcino Camara Neto fala sobre sua posição referente ao REUNI e suas propostas para os Assuntos Estudantis.
Cidade Universitária - Interiorização - Praia Vermelha
Prof. Alcino Camara Neto fala de suas propostas em relação aos diversos campi da UFRJ e sua interiorização.
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