Candidatos debatem no maior colégio eleitoral da UFRJ ANDREZA DE LIMA RIBEIRO - AGÊNCIA UFRJ DE NOTÍCIAS - CENTRO DE TECNOLOGIA SIDNEY COUTINHO - PREFEITURA UNIVERSITÁRIA ![]() Por ser realizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, onde está o maior colégio eleitoral da universidade, o confronto ganhou ares decisivos. Para se ter uma ideia, todos os indicados para ocupar a vice-reitoria, Antônio Ledo, Léa Mirian, Maria José Coelho e Eliezer Barreiro – das chapas 10, 20, 12 e 99, respectivamente – têm relação direta com a área da saúde. O debate seguiu o mesmo modelo dos eventos anteriores, dividido em cinco blocos, nos quais os candidatos expunham as ideias. Como não poderia ser diferente, muitas questões respondidas tiveram como foco principal o destino nos profissionais terceirizados e as condições de trabalho no CCS que é, em termos de pesquisa, o mais avançado da UFRJ. A aplicação da Medida Provisória (MP) 520, de 31 de dezembro de 2010, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) com a finalidade de gerir os hospitais das instituições federais de ensino superior, como solução para o extra-quadro do HUCF foi uma das tônicas do debate. Espaço semelhante ocupou a MP 525, aprovada em 14 de fevereiro de 2011, e que dispõe que as vagas de professores em novas instituições podem ser ocupadas por professores temporários, sem a obrigatoriedade da promoção de concursos públicos e permite ainda a contratação de temporários para ocupação de cargos como reitor, vice-reitor, pró-reitor. No entanto, como não só de saúde vive a universidade, outros temas relevantes entraram em pauta. Alcino Camara Neto, da chapa 12, por exemplo, lembrou a falta de cuidado com a segurança do patrimônio da universidade em relação aos incêndios e a biossegurança, já que desde 2005 há um estudo encomendado pela gestão atual chamado Programa de Gestão de Riscos da UFRJ e que jamais saiu do papel. “Entre outras coisas, o estudo tinha um programa de proteção e combate a incêndios, com treinamento de brigadas, programa de proteção de riscos ambientais em laboratórios, programa de segurança de informação e assim vários outros”, lembrou. O candidato Angelo da Cunha Pinto, da chapa 99, foi o primeiro a desferir um golpe ousado nos concorrentes. Ele questionou o fato de Carlos Levi, da chapa 10, ter ocupado o cargo de pró-reitor durante tanto tempo sem jamais ter feito nada para evitar a cobrança nos estacionamentos das unidades e, agora nos debates, afirmar que brigará pela gratuidade se eleito. Em resposta, Carlos Levi lembrou que a responsabilidade pela administração dos estacionamentos sempre coube aos decanos, e em respeito a práticas democráticas jamais houve intervenção, mas motivado por uma interpelação do Ministério Público, a atual Reitoria apoiou a licitação realizada no Centro de Tecnologia para explorar o local. Segundo Carlos Levi, no entanto, é possível planejar outro tipo de operação. “Minha intenção, e por isso assumi esse compromisso, é de fazer um esforço para, nos próximos anos, termos um modelo livre de cobrança, estacionamento operados com catracas eletrônicas, pois já dispomos de equipamentos com essa tecnologia e com custo bastante aceitável e, portanto, será uma alternativa para a operação adequada de nossos estacionamentos”, respondeu. Mais tarde, ele voltou a ser fustigado por Angelo Pinto, que quis saber por que não havia reconhecimento por parte da comunidade do trabalho realizado pela Reitoria. Levi se limitou a responder que isso era um problema relacionado à dificuldade de divulgação. O candidato da chapa 20, Godofredo Neto, também encarou uma saia justa quando precisou responder a uma questão de uma das mais de 500 pessoas da platéia. De forma direta, questionaram porque ele não queria trazer as unidades do campus da Praia Vermelha para a Cidade Universitária, se eleito. “A Praia Vermelha (as unidades do campus) não virá se ela não quiser. Se alguns acham que ela virá, se chamarem o Bope, ela não virá”, disse de forma jocosa para depois complementar a resposta alegando que ninguém jamais respondeu o que será feito com o terreno que vale milhões de reais. “A autonomia da unidade que quiser ficar, será respeitada. É dever nosso construir salas de aula na Praia Vermelha, isso é possível e há um projeto”, disse. Processo Sucessório A Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CPPS) informou que mesários do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) vão auxiliar no uso da urna eletrônica, novidade na eleição para reitor e vice-reitor que ocorrerá entre os dias 11 e 13 de abril. De 15 a 20 de abril, acontece a campanha de um eventual segundo turno. A votação se realiza nos dias 25 e 26, com o resultado sendo divulgado no dia 27. Finalmente, no dia 28, a Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CCPS) apresenta o resultado da consulta ao Colégio Eleitoral (Consuni, CEG, CEPG e Conselho de Curadores) que definirá a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação, que tem, por delegação da Presidência da República, a tarefa de escolher o futuro reitor. |
segunda-feira, 4 de abril de 2011
DEBATE NO CCS
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